Austrália proibirá acesso de menores às redes sociais

November 28, 2024

Uma das maiores preocupações de pais no mundo moderno é o uso de redes sociais por parte de seus filhos. Dependendo da forma como são usadas, as redes sociais podem se tornar uma grande dor de cabeça para os pais e seus filhos tendem a ser a parte mais frágil nesse ambiente sem filtros, em que um mundo de descobertas está ao alcance de um clique.

Em outubro de 2024, de acordo com a Statista, existiam 5,52 bilhões de usuários de internet no mundo, que representam 67,5% de toda a população. Apesar de nem todos estarem em alguma rede social, 5,22 bilhões de usuários de internet estão presentes quase que diariamente em suas respectivas redes sociais, o que totaliza 63,8% da população global.

Prós e Contras das Redes Sociais

A mesma organização, Statista, realizou outra pesquisa em 2023, na qual apurou que 32% dos participantes acreditam que as redes sociais são boas, ao passo que 28% as consideram ruins e, finalmente, 32% dos participantes não concluíram se as redes sociais são boas ou ruins.

Essa pesquisa demonstra com exatidão a enorme polêmica atual sobre os benefícios e os malefícios causados pelas redes sociais.

Se indagarmos aos defensores das redes sociais quais são os seus benefícios, certamente iremos ouvir que as redes sociais podem ser uma boa maneira de se conectar com amigos e familiares, construir relacionamentos e compartilhar ideias. Podendo ainda ser uma poderosa ferramenta para negócios e conscientização.

Já se indagarmos aos críticos das redes sociais a respeito dos seus malefícios, ouviremos que as redes sociais podem se tornar um vício e, assim, levar a comportamentos prejudiciais à saúde, comparação excessiva com outras pessoas e quadros de depressão, o que pode impactar negativamente a saúde mental, comprometendo a vida pessoal e profissional do usuário. Também pode ser uma plataforma que fomenta práticas como bullying, exclusão, humilhação e disseminação de informações falsas.

Tempo Gasto nas Redes Sociais

Embora o uso moderado das redes sociais seja a tendência mais indicada por especialistas e profissionais de saúde, não há como contestar que essas plataformas vivem em intensa competição por usuários, adotando práticas cada vez mais elaboradas, com o propósito de atrair a atenção do usuário e fidelizá-lo, tornando-se em um verdadeiro vício.

Novamente, contamos com uma pesquisa da Statista para responder a outra importante questão, qual é a média de tempo gasto online pelos usuários de redes sociais?

E o resultado é impactante… De acordo com a Statista, em 2021, usuários de internet passavam, em média, 145 minutos por dia nas redes sociais. Pode parecer pouco, mas estamos afirmando que 63,8% da população global gasta mais que 2 horas diárias em redes sociais. E, com efeito, se essa pesquisa for feita atualmente, é provável que esse número já tenha se multiplicado.

Essa pesquisa nos permite ainda comparar os dados globais com dados no Brasil. Enquanto no mundo os usuários passam, em média, 2 horas e 23 minutos por dia nas redes sociais, no Brasil esse tempo é de, em média, 3 horas e 37 minutos por dia. Mas a grande surpresa vem ao limitarmos a população de usuários aos jovens brasileiros, visto que o tempo sobe para 9 horas por dia.

Não é à toa que o uso de telefones celulares nas escolas tem sido amplamente discutido no Brasil, pois o jovem pode não conseguir se concentrar no que está sendo exposto em sala de aula com as redes sociais ao alcance silencioso dos seus dedos. Além disso, outro dado importante e que acende um sinal amarelo, é que o Brasil é o segundo país em que os usuários passam mais tempo online, com média de 9 horas e 13 minutos, atrás apenas da África do Sul com 9 horas e 24 minutos.

Dentre as plataformas que mais capturam a atenção dos usuários está o TikTok, com, em média, 34 horas de uso mensal, ao passo que o Youtube detém o recorde de sessões de uso mais longas, com, em média, 7 minutos e 25 segundos.

Outro dado que ajuda a identificar a proliferação das redes sociais, a despeito de poucas obterem uma grande quantidade de usuários, é o fato de que o usuário de redes sociais visita, em média, 6,8 plataformas diferentes de redes sociais por mês.

Banimento de Menores das Redes Sociais

O jornal “the Guardian” publicou nesse mês de novembro de 2024, que o Governo australiano irá impor o limite de idade de 16 anos para os usuários de redes sociais, proibindo menores de acessarem tais plataformas, instituindo penalidades severas para aquelas que não cumprirem tal determinação.

Todavia, nem o Governo australiano, nem as plataformas de redes sociais sabem ainda como farão para cumprir tal determinação, embora esteja sob discussão a combinação de consulta a um banco de dados do próprio governo e o escaneamento biométrico do rosto dos usuários.

Ainda segundo o Governo australiano, seria necessário alavancar o valor das penalidades atribuíveis às plataformas de redes sociais, que atualmente alcançam menos de US$ 1 milhão, de forma a garantir a sua adesão ao referido controle, sob pena serem severamente impactadas financeiramente.

Na verdade, o Governo australiano toma carona na iniciativa do Governo britânico que implementou uma legislação a respeito de garantia de idade, descrevendo possíveis opções, tais como permitir que bancos ou operadoras de telefonia móvel confirmem se um usuário tem mais de 18 anos, verificações de crédito, uso de tecnologia de estimativa facial e o direito de solicitar que os usuários carreguem uma foto no site, que será então comparada com um documento de identidade com foto.

As Redes Sociais e o Mundo Real

Um dado inquestionável é que nas redes sociais tudo aparece como perfeito, destoando da realidade imposta pela vida, demonstrando que o “mundo do faz de conta” só funciona dentro da tela do celular ou do computador.

Renunciar a conversas pessoais para ter mais tempo de conversar virtualmente é algo realmente preocupante. Isolar-se do mundo real, alienar a capacidade de concentração nos estudos e no trabalho são desafios que precisam de respostas imediatas; do contrário, o mundo perderá não uma, mas algumas gerações de pessoas que não se desenvolverão socioeconomicamente, mas que dispenderão do seu valioso tempo usufruindo de algo, cujo valor agregado em suas vidas pode ser insuficiente para garantir um futuro bem-sucedido.

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Em outubro de 2024, de acordo com a Statista, existiam 5,52 bilhões de usuários de internet no mundo, que representam 67,5% de toda a população. Apesar de nem todos estarem em alguma rede social, 5,22 bilhões de usuários de internet estão presentes quase que diariamente em suas respectivas redes sociais, o que totaliza 63,8% da população global.

Prós e Contras das Redes Sociais

A mesma organização, Statista, realizou outra pesquisa em 2023, na qual apurou que 32% dos participantes acreditam que as redes sociais são boas, ao passo que 28% as consideram ruins e, finalmente, 32% dos participantes não concluíram se as redes sociais são boas ou ruins.

Essa pesquisa demonstra com exatidão a enorme polêmica atual sobre os benefícios e os malefícios causados pelas redes sociais.

Se indagarmos aos defensores das redes sociais quais são os seus benefícios, certamente iremos ouvir que as redes sociais podem ser uma boa maneira de se conectar com amigos e familiares, construir relacionamentos e compartilhar ideias. Podendo ainda ser uma poderosa ferramenta para negócios e conscientização.

Já se indagarmos aos críticos das redes sociais a respeito dos seus malefícios, ouviremos que as redes sociais podem se tornar um vício e, assim, levar a comportamentos prejudiciais à saúde, comparação excessiva com outras pessoas e quadros de depressão, o que pode impactar negativamente a saúde mental, comprometendo a vida pessoal e profissional do usuário. Também pode ser uma plataforma que fomenta práticas como bullying, exclusão, humilhação e disseminação de informações falsas.

Tempo Gasto nas Redes Sociais

Embora o uso moderado das redes sociais seja a tendência mais indicada por especialistas e profissionais de saúde, não há como contestar que essas plataformas vivem em intensa competição por usuários, adotando práticas cada vez mais elaboradas, com o propósito de atrair a atenção do usuário e fidelizá-lo, tornando-se em um verdadeiro vício.

Novamente, contamos com uma pesquisa da Statista para responder a outra importante questão, qual é a média de tempo gasto online pelos usuários de redes sociais?

E o resultado é impactante… De acordo com a Statista, em 2021, usuários de internet passavam, em média, 145 minutos por dia nas redes sociais. Pode parecer pouco, mas estamos afirmando que 63,8% da população global gasta mais que 2 horas diárias em redes sociais. E, com efeito, se essa pesquisa for feita atualmente, é provável que esse número já tenha se multiplicado.

Essa pesquisa nos permite ainda comparar os dados globais com dados no Brasil. Enquanto no mundo os usuários passam, em média, 2 horas e 23 minutos por dia nas redes sociais, no Brasil esse tempo é de, em média, 3 horas e 37 minutos por dia. Mas a grande surpresa vem ao limitarmos a população de usuários aos jovens brasileiros, visto que o tempo sobe para 9 horas por dia.

Não é à toa que o uso de telefones celulares nas escolas tem sido amplamente discutido no Brasil, pois o jovem pode não conseguir se concentrar no que está sendo exposto em sala de aula com as redes sociais ao alcance silencioso dos seus dedos. Além disso, outro dado importante e que acende um sinal amarelo, é que o Brasil é o segundo país em que os usuários passam mais tempo online, com média de 9 horas e 13 minutos, atrás apenas da África do Sul com 9 horas e 24 minutos.

Dentre as plataformas que mais capturam a atenção dos usuários está o TikTok, com, em média, 34 horas de uso mensal, ao passo que o Youtube detém o recorde de sessões de uso mais longas, com, em média, 7 minutos e 25 segundos.

Outro dado que ajuda a identificar a proliferação das redes sociais, a despeito de poucas obterem uma grande quantidade de usuários, é o fato de que o usuário de redes sociais visita, em média, 6,8 plataformas diferentes de redes sociais por mês.

Banimento de Menores das Redes Sociais

O jornal “the Guardian” publicou nesse mês de novembro de 2024, que o Governo australiano irá impor o limite de idade de 16 anos para os usuários de redes sociais, proibindo menores de acessarem tais plataformas, instituindo penalidades severas para aquelas que não cumprirem tal determinação.

Todavia, nem o Governo australiano, nem as plataformas de redes sociais sabem ainda como farão para cumprir tal determinação, embora esteja sob discussão a combinação de consulta a um banco de dados do próprio governo e o escaneamento biométrico do rosto dos usuários.

Ainda segundo o Governo australiano, seria necessário alavancar o valor das penalidades atribuíveis às plataformas de redes sociais, que atualmente alcançam menos de US$ 1 milhão, de forma a garantir a sua adesão ao referido controle, sob pena serem severamente impactadas financeiramente.

Na verdade, o Governo australiano toma carona na iniciativa do Governo britânico que implementou uma legislação a respeito de garantia de idade, descrevendo possíveis opções, tais como permitir que bancos ou operadoras de telefonia móvel confirmem se um usuário tem mais de 18 anos, verificações de crédito, uso de tecnologia de estimativa facial e o direito de solicitar que os usuários carreguem uma foto no site, que será então comparada com um documento de identidade com foto.

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Um dado inquestionável é que nas redes sociais tudo aparece como perfeito, destoando da realidade imposta pela vida, demonstrando que o “mundo do faz de conta” só funciona dentro da tela do celular ou do computador.

Renunciar a conversas pessoais para ter mais tempo de conversar virtualmente é algo realmente preocupante. Isolar-se do mundo real, alienar a capacidade de concentração nos estudos e no trabalho são desafios que precisam de respostas imediatas; do contrário, o mundo perderá não uma, mas algumas gerações de pessoas que não se desenvolverão socioeconomicamente, mas que dispenderão do seu valioso tempo usufruindo de algo, cujo valor agregado em suas vidas pode ser insuficiente para garantir um futuro bem-sucedido.

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