A tecnologia está cada vez mais entrelaçada com o sucesso dos escritórios de advocacia, especialmente quando se trata de entender o comportamento dos visitantes em nossos sites e canais digitais. Uma das ferramentas mais importantes para analisar métricas digitais é o Google Analytics.
A versão atual dessa ferramenta é o Google Analytics 4 (GA4), que foi lançado em 2020 para substituir o Google Analytics Universal, que ficou mais de 15 anos no mercado. E por que estamos falando disso agora? Porque em julho deste ano o Google anunciou a descontinuidade do GA Universal e sua total substituição pelo GA4.
A primeira coisa que você notará é a ênfase em privacidade e conformidade com as regulamentações de proteção de dados. O GA4 está projetado para ser mais eficiente na coleta de dados sem infringir as leis de privacidade, como o GDPR na Europa e a LGPD no Brasil.
Além disso, o GA4 adapta-se à realidade atual do marketing digital, coletando dados não somente baseados em visualizações de páginas de sites, mas também no uso de aplicativos, cada vez mais comuns. Desta forma, agora é possível obter relatórios avançados de acesso e navegação dos usuários dentro de um app que tenha sido criado para uma grande conferência, por exemplo.
Outra diferença importante é a abordagem centrada no usuário. O GA4 agora oferece uma visão mais holística do ciclo de vida do cliente, utilizando os dados de todos os eventos executados pelo usuário, e não somente rastreando as sessões de página. Isso é crucial para entender o comportamento e as necessidades dos clientes em potencial.
Por exemplo, suponhamos que você ou alguém do seu escritório tenha publicado um artigo sobre “As Novas Tendências em Propriedade Intelectual”. Com o GA4, é possível não apenas ver quantas pessoas leram o artigo, mas também rastrear a jornada desses visitantes pelo site. Você pode saber se eles visitaram a página “Sobre nós”, se baixaram algum e-book ou se entraram em contato através da página de “Fale Conosco”. Dessa forma, é possível entender quais conteúdos e pontos de contato estão realmente impulsionando conversão e engajamento.
Essa visão integrada e focada no usuário permite uma análise muito mais rica e personalizada, capaz de fornecer dados para estratégias de marketing mais eficazes. Agora, os escritórios de advocacia podem não só captar dados, mas interpretá-los de uma forma que realmente faça sentido para seus objetivos de negócio e de relacionamento com o cliente. A abordagem centrada no usuário também torna mais fácil identificar padrões ou tendências que podem indicar novas oportunidades ou áreas que necessitam de melhoria, ajudando na tomada de decisões mais fundamentadas.
O GA4 permite que você crie métricas personalizadas e relatórios que podem ser extremamente úteis para avaliar o desempenho do seu site. Isso é especialmente valioso para escritórios de advocacia que desejam entender como os visitantes interagem com conteúdo especializado.
Dessa forma, é possível, por exemplo, criar um relatório personalizado para rastrear o engajamento com uma série de artigos temáticos que o escritório tenha publicado em seu site. Esse relatório pode incluir não apenas as visualizações de página, mas também o tempo gasto na página e a taxa de cliques para outros recursos relacionados, como webinars ou e-books, tudo isso de maneira combinada, não somente relatórios estáticos “página-por-página”. Com essas informações, é possível refinar estratégias de conteúdo e focar em tópicos que realmente ressoam com seu público-alvo.
Imagine que seu escritório tenha investido em uma série de vídeos explicativos sobre as novas regulamentações para a compra e o consumo de medicamentos baseados em cannabis. O GA4 permite que você saiba não só quantas pessoas assistiram aos vídeos, mas também em que ponto de cada vídeo a maioria dos usuários parou de assistir. Esse pode ser um indicativo valioso sobre a eficácia do conteúdo apresentado, permitindo ajustes específicos para melhorar a experiência do usuário, aumentando o engajamento e, consequentemente, a geração de leads qualificados para o escritório.
Imagine que você seu escritório é especializado em direito do agronegócio, e que você consiga identificar padrões que sugerem um aumento na busca por serviços transacionais dessa área durante determinadas épocas do ano. Com esses dados em mãos, você poderia planejar campanhas de marketing específicas para esses períodos, otimizando o retorno sobre o investimento e satisfazendo uma demanda crescente de forma mais eficiente.
Parece fantástico, certo? Um dos aspectos mais impressionantes do GA4 é o uso de inteligência artificial para fornecer insights preditivos. Essa pode ser uma grande vantagem competitiva para escritórios de advocacia que buscam se antecipar às necessidades dos clientes e ajustar suas estratégias de marketing digital de forma proativa.
A segurança de dados sempre foi uma preocupação para escritórios de advocacia que desejam se manter em conformidade com regulamentações locais e internacionais. O Google Analytics 4 (GA4) não é exceção e foi desenvolvido com várias camadas de proteção para garantir a segurança dos dados que coleta.
Criptografia de Dados
Os dados transmitidos ao GA4 são encriptados durante o tráfego, garantindo que as informações enviadas estejam protegidas contra interceptações indesejadas. Isso é vital, por exemplo, quando se coleta dados sensíveis de clientes e casos que poderiam ser usados de maneira inadequada se caíssem nas mãos erradas.
Políticas de Uso de Dados
O GA4 também permite aos administradores configurarem políticas de uso de dados, que podem ajudar na conformidade com regulamentos como o GDPR na União Europeia e a LGPD no Brasil. Essas políticas podem ser personalizadas para atender aos requisitos específicos de cada escritório de advocacia.
Auditoria e Monitoramento
Além disso, o GA4 oferece recursos robustos de auditoria e monitoramento que ajudam os administradores a rastrear como os dados estão sendo usados e por quem.
Controle do Usuário
Um aspecto importante é o controle concedido aos usuários finais. Eles podem gerenciar suas preferências de coleta de dados, optando por não participar, caso assim desejarem, o que reforça a conformidade com regulamentações de proteção de dados pessoais. Uma dica importante é que todos os usuários ativem a autenticação de duplo fator em seus sistemas.
Em resumo, o GA4 oferece uma infraestrutura sólida para a coleta e o gerenciamento de dados, que é fundamental para escritórios de advocacia atentos à conformidade e segurança da informação.
Sim, o Google automaticamente migrou os usuários da antiga plataforma universal para o GA4. Porém, a nova plataforma é muito mais complexa devido às possibilidades de personalização dos dados e relatórios que podem ser apresentados. Diferentemente da plataforma à qual estivemos acostumados pelos últimos 15 anos, que emitia relatórios padrões e parecia vir quase “pronta” para todos, o GA4 exige muito mais de seus usuários. Por isso, é altamente recomendável que as equipes de marketing jurídico invistam em treinamento específico para entender as nuances desta nova ferramenta. Não se trata apenas de coletar dados, mas de interpretá-los de maneira que alavanque suas estratégias de negócio.
É importante notar que desde o dia 30 de junho de 2023 o GA Universal parou de computar os dados na plataforma. Além disso, não é possível “migrar” os dados de uma plataforma para a outra, já que as métricas e a forma de coleta dos dados não são mais as mesmas.
Mesmo que não seja possível migrar os relatórios coletados pelo universal até junho deste ano, é possível sim migrar para o GA4 os usuários, audiências e objetivos (goals) que já foram configurados previamente.
Uma dica interessante é comparar as métricas fornecidas pelas duas plataformas. Isso pode ajudar o processo de conhecimento da nova ferramenta, entendendo melhor como essas novas métricas podem se traduzir em termos de impacto na estratégia do negócio.
É importante saber que o Google só permitirá o acesso aos dados da antiga plataforma até o dia 30 de junho de 2024. Apesar de parecer que ainda temos muito tempo, os escritórios de advocacia que pensam em estratégias de marketing baseadas em dados devem se organizar para não perderem essas informações.
É possível exportar esses dados através de uma ferramenta fornecida pelo próprio Google. Mas antes de sair exportando tudo que já foi gerado pelo Google Universal, é importante levar essas informações em consideração:
– Você não precisa arquivar todos os seus dados em nível granular;
– A necessidade de arquivamento dependerá de como seu escritório toma decisões. Vocês fazem comparações métricas com dados passados?
Uma boa forma de avaliar suas necessidades de dados advindos do universal é listar todas as partes interessadas do escritório que dependem desses dados (provavelmente serão pouquíssimos, dependendo do tamanho da sua operação). Em seguida, faça uma lista dos relatórios que são gerados para essas partes interessadas com base nesses dados. Determinar as dimensões, métricas, filtros e períodos de tempo desses relatórios dará uma visão ampliada do que você realmente precisa guardar.
Lembre-se: o esforço que você investe no processo de arquivamento e manutenção de dados (sim, armazenar dados custa dinheiro, e pode ser bastante caro!) deve valer o retorno que você vai obter desses mesmos dados.
O Google Analytics 4 apresenta uma atualização significativa que oferece uma série de novas funcionalidades projetadas para fornecer insights mais profundos sobre o comportamento dos visitantes. Para escritórios de advocacia que querem estar na vanguarda da tecnologia e do marketing digital, adaptar-se ao GA4 não é apenas uma escolha inteligente, mas quase um imperativo. Com as possibilidades de personalização e relatórios mais aprofundados, o GA4 p posiciona seu escritório de advocacia para competir de forma mais eficaz no ambiente digital.
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